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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Análise: Pro Evolution Soccer 2012

PONTOS POSITIVOS

  • Narração em português
  • A narração de Silvio Luiz e Mauro Beting voltou ainda melhor. O locutor usa e abusa de seus irreverentes bordões como 'Olho no Lance' e 'lá vai ela no meio da cozinha', mas também fala curiosidades das equipes e dos campeonatos e até arranca gargalhadas ao, literalmente, avacalhar o jogador que faz uma besteira. Um bom exemplo desse tipo é 'Eu vou embora, os caras só querem saber de lateral'.
    Já Mauro Beting se mostra mais 'solto' do que no ano passado, transmitindo mais confiança de que sua voz não é apenas um amontoado de frases previamente gravadas - por mais verdade que isso seja.
    Além disso, os comentários de Beting estão mais inteligentes e pontuais, evitando que uma frase desconexa com o jogo seja dita com tanta frequência, apesar de ainda acontecer.
    No geral, o som também é muito bom, com uma lista de músicas ecléticas e agitadas e torcedores perfeitamente conectados com as partidas, gritando nos gols e lances bonitos e até se lamentando quando algo não dá certo.
  • Visual cada vez melhor
  • Desde o ano passado, "Pro Evolution " era o campeão no quesito visual e nesse ano manteve a escrita. Os rostos dos jogadores estão ainda mais realistas, com direito a suor e feições impressionantes de felicidade, dor e irritação em cenas de corte entre uma jogada e outra.
    A animação, tão criticada no ano passado, melhorou bastante e, por mais que ainda esteja atrás de FIFA já se mostra mais fiel ao futebol real com movimentos menos robóticos e mais naturais.
    Agora, os goleiros fazem defesas mais arrojadas, os jogadores de linha acompanham a trajetória da bola e se apoiam nos defensores para virar a jogada a seu favor e executam dribles com mais precisão.
    O ponto negativo fica por conta do forte serrilhado nos jogadores e estádios da versão de PlayStation 3. Já no PC tudo é bem suavizado.
  • Mais realista
  • Uma série de implementos na mecânica e na física fez com que o jogo abandonasse levemente o seu rótulo de futebol de fliperama. A começar, a velocidade geral do jogo foi diminuída e a nova física de colisão melhorou bastante a forma com que os jogadores dominam a bola e saem jogando com ela.
    Antes, não havia muita diferença se o jogador com a bola era um zagueiro ou um atacante, mas agora, a habilidade do domínio conta muito mais quando um jogador recebe uma bola 'venenosa' na sua área de defesa.
    Além disso, os dribles estão mais ágeis, ao passo que os zagueiros usam mais o corpo para pressionar o adversário. Vira e mexe os jogadores se empurram, puxam a camisa ou simplesmente cercam o oponente para dificultar sua progressão.
    Para complementar o pacote, novidades como a Active AI deixa os seus companheiros de times mais espertos, facilitando - e muito - o toque de bola rápido e evitando que a bola vá para um jogador indesejado.
    O único porém fica no confuso sistema de controle do segundo jogador, já que a mecânica não funciona de forma tão intuitiva, deixando o jogador na dúvida se realmente é ele quem controla aquele jogador próximo ao que está com a bola.
  • Sentindo a emoção
  • Não há jogo de futebol que transmita melhor a emoção de ser um jogador de futebol do que "Pro Evolution Soccer 2012". A atmosfera criada quando os jogadores entram em campo é incrível, com estádios cheios de vida, torcedores que vibram a cada lance, fotógrafos e cinegrafistas que se movimentam pelos melhores ângulos, seguranças rondando o estádio e treinadores e suplentes se mexendo na área técnica.
    Além disso, a entrada dos times mostra torcedores europeus erguendo as suas faixas com o nome do time, uma febre no velho continente que o jogo não deixou escapar.
    Outro fator empolgante são as diversas cenas de corte entre os jogos dos modos de carreira, que incluem bate papo com o empresário, técnico, imprensa e companheiros de time.

PONTOS NEGATIVOS

  • Desatualizado
  • Parece incrível, mas "Pro Evolution Soccer 2012" já chega desatualizado para os jogadores que sonham em jogar com suas equipes na Libertadores.
    Ao contrário da Liga dos Campeões da UEFA que está acontecendo nesse fim de ano, a 'Liberta' já rolou no primeiro semestre, fato que já deixa as equipes com diversos jogadores que já trocaram de camisas, caso do atacante Keirrison (Santos) e até de aposentados como o Ronaldo (Corinthians).
  • Defeitos do ano passado
  • Ok, sabemos que a Konami obteve apenas os direitos sobre a Taça Libertadores da América, mas o fato é que mais uma vez os times que disputam esse torneio estão limitados a jogar partidas somente nesse modo, parecendo até que trata-se de um mini game dentro do pacote completo. Como exemplo, os únicos times sul-americanos disponíveis no jogo para amistosos são os argentinos Boca e River Plate e nem eles podem participar da Libertadores. Isso não acontece, porém, na Liga dos Campeões, já que esse torneio permite a entrada de qualquer time da Europa.
    Assim como em todos os anos desde o seu lançamento, o jogo apresenta uma quantidade gigantesca de times sem nome, escudo e uniformes reais, obrigando ao jogador a editar um por um.
    O problema maior, entretanto, está nas seleções. Nesse ano, a Konami caprichou no licenciamento das confederações europeias, como Portugal, Espanha e Alemanha, mas simplesmente ignorou potências da América, como o Brasil e a Argentina. Aos fãs da seleção canarinho, uma notícia agradável apenas aos palmeirenses: o Brasil joga de verde.
  • Poucas novidades nos extras
  • O modo de galeria - antes chamado 'PES Shop' retorna com a venda de itens para o jogo, mas quem já conhece a loja de edições passadas não verá muita coisa nova para comprar.
    Tudo o que a Konami já vendia antes continua, como os cortes de cabelo, peças para o estádio, trilha sonora de clássicos da produtora, seleções do passado e bolas.
    De novo mesmo, somente o novo nível de dificuldade 'Estrela', pacotes de expansão de modo, que possibilita trapaças como começar a Master League com mais dinheiro, facilidade de contratações e o modo 'Club Boss' uma espécie de Master League em que o jogador se transforma no dono de um time.
  • Inconsistências na mecânica
  • A Konami bem que se esforçou, mas ainda há problemas na mecânica que devem ser corrigidos. Alguns jogadores continuam se destacando dos demais pela velocidade exagerada com que arrancam.
    Um bom caso é Jorge Henrique do Corinthians. O sósia do Romário virou um velocista olímpico, pois quando parte com a bola é difícil de ser alcançado. Além disso, por mais que a nova inteligência artificial tenha progredido bastante, o jogo continua permitindo jogadas 'manjadas' pelas laterais e cobranças de escanteio.
  • Online instável
  • Jogar “Pro Evolution Soccer 2012” online é um exercício de paciência. A procura por jogadores dispostos a enfrentá-lo é grande, e apesar dos jogos começarem com agilidade, tal velocidade fica de fora quando a bola começa a rolar no gramado.
    Não importa qual seja a sua conexão, o jogo sofrerá constantes atrasos nos quadros de animação, fazendo com que os passes dessa mecânica tão ágil tenha atrasos de segundos quando conectado nos servidores.
    Para piorar, não são poucas as vezes que a partida é cancelada sem prévio aviso. Nesse caso, a falta de paciência pode se tornar irritação ao descobrir que seu avatar foi marcado negativamente por abandono da partida

                                                                  Considerações
                                                               
    De longe, este é o melhor "Pro Evolution Soccer" da atual geração. As mudanças na mecânica fizeram um jogo mais realista, mas sem abandonar o DNA de "Winning Elleven  ", que é a mecânica ágil e divertida.


Se a física, inteligência artificial e o sistema de colisão são o ponto alto, o mesmo não pode se dizer da fraca oferta de times e seleções licenciados, da limitação e desatualização da Copa Libertadores e da instabilidade no modo online. Não fossem esses problemas, a nota seria maior.

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