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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Spider Man: Edges of Time Análise
Parece que o Universo 2099 que a Marvel Comics criou nos anos 90 finalmente rendeu alguma coisa boa. Depois de Shattered Dimensions, história que misturava quatro realidades alternativas do Homem Aranha, a Beenox resolveu arriscar-se numa "quase" sequência para ele: Spider-Man: Edge of Time coloca novamente os heróis de realidades paralelas numa mesma trama. Só que agora, ao invés de quatro, apenas dois, o Homem-Aranha 2099 e o Espetacular Homem-Aranha.
As pesadas críticas da imprensa especializada em relação à trama de Shattered Dimensions também surtiram resultados interessantes. Para não repetir o mesmo erro, a desenvolvedora deixou o roteiro do game nas mãos de ninguém menos que Peter David, o pai do Homem-Aranha 2099.
O cadenciamento da história, as sequências em computação gráfica, a ação em tempo real, tudo recebeu mais ritmo, perdendo aquela forma dividida em capítulos para ganhar um ar mais de longa metragem, sem cortes. Mesmo com a constante troca entre as duas realidades (presente e futuro), tudo flui sem maiores solavancos e chega a ser divertido parar e escutar um pouco a discussão entre os dois heróis, sempre com uma ou outra piadinha mais infame (do Homem-Aranha do presente, claro).
Passado e Futuro juntos no Presente
O enredo de Spider-Man: Edge of Time gira em torno da ambição de Walker Sloan, velhote sem escrúpulos, em usar uma espécie de portal dimensional com máquina do tempo, para causar geral na linha do tempo do universo. O que ele pretende é levar a Alchemax, megacorporação que reina suprema no universo de 2099, para o passado, aumentando ainda mais o seu poder atual e, consequentemente, gerar mais lucro (vilões só pensam em dinheiro hoje em dia).
Lógico que Miguel O'Hara, alter ego do Aranha de 2099 está lá para tentar remediar a situação, que foge totalmente do controle no exato momento que o vilão (e seu braço direito, Dr. Otto Octavius) atravessam o portal. O interessante é que apenas o Homem-Aranha 2099 sabe que o presente alterado não é o verdadeiro, já quePeter Parker vem de uma continuidade da linha temporal. O resultado? Uma Alchemax gigante no presente,Peter trabalhando para o inimigo e uma série de bate bocas mentais entre os dois heróis, que podem se comunicar entre si.
Brincar com histórias de viagem no tempo é um terreno bastante ardiloso para o roteirista. O resultado alcançado por Peter David é competente, porém, peca em explicar certos pormenores do "Efeito Borboleta" criado por ele. Tudo que Peter modifica no seu presente, causa uma mudança instantânea no futuro. E é assim que o elo entre os dois se desenrola, até o final da aventura (e gera um certo problema com o chefão final, mas que novamente, não me convém explicar para não estragar a surpresa).
Novo mundo, ou quase isso
Visualmente o jogo ficou mais bonito, com mais detalhes, mas perdeu sua exploração (que já era diminuta no jogo anterior). Agora, tanto a trama quanto os cenários são mais lineares, consequência direta da narrativa dePeter David, que também costuma trabalhar o storyboard do que ele escreve. O resultado não é depreciativo, mas encurta um pouco a vida útil do jogo, mantendo seu fator replay exclusivamente para os desafios avulsos de cada tela - que já existiam no jogo anterior, mas agora são isolados em uma atividade paralela, sem influências no destravamento de novos golpes do herói.
Apesar de você precisar martelar basicamente sempre os dois únicos botões de ataque, alguns inimigos dão uma certa dor de cabeça para serem vencidos. Aí é preciso misturar algumas artimanhas como pulos, ataques de agarrão, esquivas e o sentido de aranha para se safar. Apesar de um tanto quanto repetitivo, jogar de olhos fechados não é uma opção.
As poucas ações paralelas que você precisa fazer enquanto bate nos inimigos se resumem a abrir portas, reencaixar plugs de eletricidade e detonar com uns tentáculos macumbados que aparecem de vez em quando. Às vezes cansa um pouco ir e vir a todo o momento, mas depois que você pega o embalo (na teia, hah!), fica molezinha.
Spider-Man: Edge of Time não é uma obra prima. Conseguiu retrabalhar alguns aspectos falhos de Shattered Dimensions, agradou aos fãs novamente ao retornar o Aranha de 2099, recheia a galeria de extras com easter eggs interessantes e relevantes para a trama. Não espere por uma revolução no mundo dos jogos de super heróis (como Batman), que não é o caso, mas mesmo assim, vale uma conferida, sem medo.
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