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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Saints Row: The Third
Sabe aquela sensação de você pedir um Comandos em Ação de aniversário e ganhar um SOS Comando (isso é velho, talvez você não saiba mesmo)? Ou de querer uma Barbie e ganhar uma Suzy? Ou mesmo desejar aquele Playstation, mas só conseguir arrecadar um Polystation? Saints Row: The Third mexe exatamente com esse tipo de comparação, mas é diferente, principalmente pelo fato de que você não vai se decepcionar com o produto adquirido.
À primeira vista (e a segunda e terceira também) tudo parece um mod de Grand Theft Auto 4, daqueles bem abusivos. Armas mais potentes, situações forçadas, skins de personagens que extrapolam o limite do bom senso, bizarrices espalhadas por todos os lados. Mesmo a mecânica do jogo é similar, mas deixa de lado regras básicas de GTA, como sair do veículo em chamas para não explodir junto com ele. Aqui você pode explodir que não vai morrer, mas é bom não abusar.
Para os mais céticos, Saints Row tem uma história. O ponto de partida é o final do segundo jogo, o qual os Saints estão no topo do submundo e começam a desfrutar esses louros da bonança alcançada. O problema é que eles passaram de criminosos a popstars num piscar de olhos, protagonizando comerciais japoneses de energéticos e coisas do tipo. Os transeuntes chegam a parar os líderes da gangue para fotos cordiais e familiares.
Numa tentativa falha de assaltar um banco, os Saints são presos e depois, graças ao suborno cedido à polícia deStilwater por um grupo criminoso internacional intitulado O Sindicato, são liberados, sem perguntas. O mentor do Sindicato, Phillipe Loren, propõe um acordo ao líder dos Saints, que faria com que o grupo cedesse mais da metade dos seus lucros adquiridos em troca de suas vidas. Com a recusa, o tiroteio e o fracasso momentâneo: os Saints caem no ostracismo e precisam dar um jeito nisso, o mais rápido possível.
Sua missão em Saints Row: The Third é eliminar a concorrência, fácil assim. Morning Star, Deckers e osLutchadores são as três gangues que integram o Sindicato e precisavam ser detidas. Em miúdos, qualquer um que não se vista de roxo é seu inimigo. Apesar de curta, a campanha principal de Saints Row é cheia de situações hilárias e constrangedoras (para os personagens, claro), e vale cada momento gasto nela.
Para as sidequests, do completo caos a missões de escolta e participações em reality shows, vale tudo. Essereality show vale um adendo, já que é um dos minigames mais interessantes do jogo. Você precisa passar por um labirinto cheio de capangas querendo acabar com a sua raça, evitar atirar nas placas com pandas desenhados (totalmente anti-ético, segundo o game) e alcançar a saída para uma receber uma recompensa em dinheiro. Mire na cabeça e seja um cara mais feliz.
Você precisa ser criativo
Esqueça as regras da boa conduta e educação aprendidas com o seu pai e mãe. Quanto pior você for, melhor. Não basta roubar um carro, é preciso estourar o parabrisa dele com os pés, nocautear o motorista e dominá-lo a mais de 80 quilômetros por hora. Nada de esmurrar os transeuntes, o negócio é aplicar neles um German Suplexe ainda posar para fotos no final.
Você ganha pontos de respeito por seu estilo. Aí vale tudo, do tuning nos carros, roupas exóticas e pessoas eliminadas na rua (membros de gangues rivais, de preferência). Isso conta para o seu nível de experiência e te dá a chance de liberar novas habilidades, como maior resistência contra tiros, um maior número de pessoas andando com você durante as missões, novos golpes, armas e opções de crescimento como ser humano.
E com essas novas tecnologias do mundo dos videogames, tudo está ao alcance do seu celular. Assim como emGTA4, você acessa todo o menu do jogo através desse aparelhinho do capeta e realiza transações bancárias dos seus imóveis, cria sua playlist com as músicas preferidas das rádios do jogo, pode chamar seus amigos (do game) para um rolê, pedir um carro (ou JATO) para ser entregue instantaneamente ou realizar alguma missão da campanha principal. É uma maravilha.
Personalização Extrema
Saints Row possibilita a criação seu próprio herói (?). E as opções para tal não são poucas. Você pode escolher desde a etnia do seu personagem, sexo, tipo físico, roupas, vozes, acessórios de fetiches e coisas proibidas para menores. O lance aqui são as opções incomuns para um jogo do gênero. Roupas de couro estilo sadomasoquistas, dildos gigantes, sungas coloridas (e só), mascotes de pelúcia tamanho adulto, quase tudo que a imaginação permitir, ao alcance de um botão e sem nenhum pudor.
É possível também personalizar seus veículos, aumentando sua resistência, mudando suas cores, colando adesivos e escolhendo novas rodas, deixando Need for Speed com inveja (#not). E uma vez adquirido e colocado em sua garagem, ele pode ser usado quando você bem entender, sem nenhum custo adicional ou risco de perda. Car System? Nem precisa.
Dividindo a brincadeira com um amiguinho
O modo co-op online de Saints Row: The Third é pura alegria. Você pode escolher entre realizar as missões do seu save, do seu colega de jogatina ou mesmo partir para uma campanha própria online. E aí são os dois contra o mundo de Saints Row. Infelizmente o modo para dois jogadores não transforma exatamente os amigos em parceiros para a trama. Determinadas missões, que separam a dupla (jogador e inteligência artifical) precisam ser realizadas igualmente pelos jogadores. Mas ainda sim, vale a experiência.
O modo Whored é uma espécie de Horda para o Saints Row. Um survival maluco que o coloca contra zumbis, mini zumbis, molestadores com dildos gigantes, prostitudas com asas, auréolas e rifles de longo alcance, pessoas fantasiadas de cachorro-quente, mostarda, e infinitas outras possibilidades.
Para sobreviver a tudo isso, basta seguir as regras de cada round. No geral é sempre 'eliminar a concorrência', mas de vez em quando aparecem alvos particulares, como por exemplo 'esses caras só morrem se você mirar e acertar suas bolas', e por aí vai. Insanidade servida como prato principal.
De vez em quando a latência da conexão acarreta alguns problemas, como respawns errados, o faz morrer sozinho e outros conflitos do tipo. O modo single player também não está livre de problemas, e diversas vezes nos deparamos com obstáculos que não existem, quadros de animação que se quebram na troca de ângulo de câmera, bobeiras que não vão interferir o produto final. Você pode achar até que tudo foi proposital, dada às demais circusntâncias - tiroteios em queda livre, prostitutas dentro de containers, invasões em clubes homessexuais sadomasoquistas, e por aí vai.
Saints Row: The Third é aquela surpresa agradável que todo mundo gosta de receber algum dia. É o garoto gordinho e nerd que fingiu ser o saradão da escola para descolar aquela gostosona do chat virtual, que quando o vê, tem uma má impressão, mas depois esquece e se interessa pelo que ele é de verdade. Menos fantasioso que essa analogia, o jogo surpreende e mostra para os grandões da indústria que nem sempre o alicerce na realidade é o melhor para um jogo de videogame. Diversão em primeiro lugar, sempre.
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