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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Test Drive Unlimited 2 Análise
Um verdadeiro MMO de corrida que funciona bem. Não foi dessa vez que a Atari e a Eden Games acertaram a mão em cumprir essa proposta, mas Test Drive Unlimited 2 certamente trará um bocado de diversão para quem entrar no espírito de “evoluir devagar e sempre” típico dos jogos massivos.
E tem até história: nosso protagonista, um manobrista metrossexual com pinta de galã, entra por acaso no glamouroso mundo das corridas da ilha de Ibiza, na Espanha, após despertar o interesse de uma apresentadora de televisão. Ele começa usando uniforme de manobrista, com pouca grana e nenhuma fama, então o que vier é lucro.
O game é todo em mundo aberto - as duas ilhas onde ele acontece (Ibiza, no começo, e Havaí, disponível a partir do nível 10) podem ser exploradas livremente. Mas não se engane: você só vê os jogadores que estão naquele mesmíssimo servidor, e às vezes fica tudo meio às moscas. O problema é que, bom, parece que Test Drive Unlimited 2 foi feito para ser jogado sozinho mesmo.
Após adquirir seu primeiro carro, a meta é ir atrás das competições para juntar um dinheiro a mais e subir de vida. Só que para disputar qualquer prova é preciso tirar a licença correspondente - são oito licenças, cada uma relacionada a um tipo de carro (de SUVs e off-roads até modelos exóticos como Ferrari, passando por compactos do nível de Golf GTi e Seat Ibiza).
Passeando pela cidade, já dá para sentir que a jogabilidade é arcade total, chegando a ser até fácil demais. Aliás, todas as corridas para um jogador tem dificuldade bem reduzida. Pode ficar monótono para quem curte um desafio, mas é um passeio legal para quem só quer curtir o visual e ir subindo rapidamente de nível (e quem não quer, né?). No geral, TDU2 é bem agradável de jogar e o controle não será culpado por uma volta ruim.
Ainda na parte técnica, Test Drive Unlimited 2 agrada pelos bem-feitos modelos dos veículos. O interior não é tão elaborado quanto o dos carros de um Forza Motorsport 3 ou Gran Turismo 5, mas mesmo assim reproduzem bem o painel das versões reais dos bólidos. O cenários são detalhados - dá realmente para andar em volta de todas as casas e estruturas e ver as características de cada construção. Ponto negativo para a taxa de quadros por segundo, bem instável quando há mais carros na tela ao mesmo tempo.
Mas mancada mesmo é na parte sonora: há apenas duas estações de rádio para escolher (uma com música eletrônica e outra de rock), e, apesar da agradável seleção musical, seria bom poder escolher entre outros estilos ou pular as faixas, já que as músicas se repetem após pouco tempo de jogo.
Pé na tábua
Para correr, é preciso tirar alguma licença e procurar um campeonato compatível. Eles podem ser filtradas para aparecerem no mapa, e é possível entrar no torneio sem ter de “dirigir” até o local, por meio da opção “go there”. Geralmente, são 6 ou 7 provas por campeonato, sempre contra 7 outros corredores, em quatro modalidades de prova: Time, Race, Speed e Speedtrap.
O Time é uma espécie de time attack. Não há outros corredores na pista ao mesmo tempo e o objetivo é fazer marcar uma volta melhor que a dos outros pilotos, enquanto o Race é uma corrida normal com mais 7 pilotos. As novidades são o Speed, que consiste em ficar o maior tempo possível acima da velocidade indicada, e o Speedtrap, em que ganha quem passar mais rápido em três radares de velocidade.
As quests alternativas, como dar carona para algum personagem não-jogável ou mesmo ajudar a polícia a perseguir algum suspeito, dão longevidade e, claro, são úteis para destravar novos itens e subir de nível. Mas o game é um pouco mais profundo que isso: com a grana, é possível comprar uma casa para guardar os bólidos, com direito até a visitas ao corretor para ver quais são as opções mais baratas.
Outro elemento que dá graça a TDU2 é a possibilidade de entrar nos lugares. Desde as escolas que tiram as licenças até as concessionárias de carros, dá para realmente andar pelo local (com perspectiva em primeira pessoa) e até entrar nos carros, abrir vidros e ligar o motor. Coisa simples, mas ajuda a melhorar a ambientação.
Toda essa produção apurada e detalhada agrada bastante, mas na hora de jogar mesmo, o game não facilita tanto. Uma das falhas é que nem todos os pontos de interesse aparecem no mapa. O jogador vai “descobrindo” os locais ao passar por eles ou receber indicações de outros personagens não-jogáveis, e só a partir daí pode visitar os locais. Às vezes, dá a sensação de que não há muito o que explorar, mas o problema é que o jogador simplesmente não passou na frente das lojinhas ou não recebeu as indicações certas ainda.
É MMO?
Mas... cadê a parte online disso tudo? Os campeonatos com outros jogadores estão todos ali, espalhados pelo mapa. Mas há certa demora para encontra um campeonato compatível com o seu nível, às vezes não há jogadores disponíveis, as telas de criar salas são confusas. Dá para encontrar outros jogadores pelo mapa, trocar uma ideia com eles, desafiá-los e tudo mais, mas nada disso flui bem como em um MMO de verdade, justamente porque a parte single player do game acaba se sobrepondo. Defeitos imperdoáveis para um game que se propõe a ser um MMO de corrida, mas que acaba se saindo bem apenas como um mundo aberto para um jogador. Quer dizer, não dá para chamar de MMO.
O fato é que Test Drive Unlimited 2 tem boas ideias, mas faltaram justamente mais opções de conectividade. Em alguns momentos é um pouco frustrante tentar encontrar partidas com outros corredores humanos, enquanto que a parte de um jogador peca por uma certa falta de variedade e de dificuldade.
É um bom jogo para quem curte colecionar atributos e subir de nível - tudo isso que atrai num MMO que se preze, mas mesmo assim, não dá para recomendar Test Drive Unlimited 2 após o lançamento do ótimo Need for Speed: Hot Pursuit. Como é tão arcade quanto TDU2, mas funciona melhor em todos os aspectos, fique com o game da EA.
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