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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Driver San Francisco-Análise


Poucos dias antes da E3 do ano passado, a Ubisoft anunciou o novo Driver: San Francisco, a quinta entrega da série. A esperança de muitos jogadores voltou-se a renovar com este novo jogo da série, após a franquia ter decrescido de qualidade ao longo dos anos. Com o anúncio foi também lançado um vídeo que mostrava Tanner, protagonista do primeiro Driver, a fazer diabruras num parque de estacionamento, evocando todas aquelas memórias do primeiroDriver.

Porém, com os primeiros dias de feira surgiram os primeiros vídeos de gameplay, que nos mostravam uma nova mecânica de jogo - Shift - mas que rapidamente se tornou o alvo de criticas e desapontamento por parte dos fãs. Mas será que esta nova mecânica é a razão para o insucesso de mais um jogo Driver?

A estória volta a meter Tanner e o seu arqui-inimigo ao barulho, Jericho. Após uma perseguição que resulta num acidente grave e o coloca em coma. Durante o seu estado comatoso, o protagonista descobre que tem este poder fantástico de “possuir” qualquer condutor em San Francisco. Graças a este poder, Tanner parte à procura de Jericho com o objectivo de o impedir de lançar um ataque terrorista em grande escala na cidade.

Por forma a conseguir concluir a sua missão, Tanner terá de completar várias missões, ao mesmo tempo que faz uso desta nova habilidade. Na verdade, a mecânica “Shift” é mesmo o coração deste Driver: San Francisco e é graças a ela que nos é dada toda uma liberdade para darmos asas à nossa imaginação, enquanto nos satisfaz a sede por velocidade e caos.

Estas missões vão desde perseguições a alta velocidade do lado da policia ou criminoso, seguir alguém pelas ruas de San Francisco, pregar um susto de morte ao passageiro e até impressionar algum contacto que nos ajudará a progredir na estória. É de facto fantástico ver a variedade de missões deste novo Driver. Mas melhor ainda, é usar o Shift para as concluir de uma forma que não é possível noutro jogo. O melhor exemplo continua a ser o da perseguição de policias em que rapidamente mudamos para um camião cisterna e o espetamos contra o fugitivo. E este é apenas um dos exemplos.

À medida que vamos avançando pela estória do jogo, vamos desbloqueando mais missões secundárias, assim como objectivos que nos dão “dinheiro” para comprarmos novos bólides. Estou a falar da realização de pequenas proezas, corridas, e outras pequenas tarefas.



Mas Driver: San Francisco vai mais além e, pela primeira vez na série, a Ubisoft incluiu vários modos de jogo para serem desfrutados com amigos e pessoas do mundo online. Embora não estejam todos disponíveis de imediato e seja necessário progredir para o fazer, os modos multijogador local ou online (cooperativos ou não) fazem um bom trabalho em aumentar a longevidade do jogo e, principalmente, a diversão. A possibilidade dos nossos adversários serem qualquer carro cria uma eventual sensação de paranóia e um aumento acentuado da adrenalina. É que até mesmo quando espatifamos o nosso carro podemos facilmente trocar para outro ou usar uma das várias habilidades que vamos desbloqueando à medida que vamos progredindo.

A satisfação de conduzir um carro em Driver: San Francisco é óptima. Para além de estarem bastante detalhados, cada carro comporta-se de maneira diferente e consoante a sua tracção, oferecendo uma liberdade e uma sensação de que realmente estamos a pegar num carro a sério. As lombas da estrada fazem com que seja possível sentir a suspensão do carro a trabalhar.

Como se isto não bastasse, Driver: San Francisco tem uma excelente apresentação para um jogo sandbox. Para além dos mais de 100 carros licenciados, o jogo oferece-nos muitos detalhes que nos dão água na boca e que vão desde a visão no cockpit, ao fumo largado pelos pneus, passando pela distância de visão, até às físicas impressionantes que a Reflectionsconseguiu recriar em Driver: San Francisco. Aliás, este último ponto, como já disse, é mesmo o grande responsável pela satisfação de conduzir em Driver, fazendo com que a sensação de nostalgia do primeiro esteja constantemente presente.

A sonoplastia condiz com a sua apresentação e para além de efeitos sonoros de qualidade,Driver: San Francisco apresenta uma mistura de funk clássico e contemporâneo, blues e soul, que fazem um excelente trabalho em fazer-nos sentir como se estivéssemos no Hill Street Blues.

Driver: San Francisco surpreendeu pela positiva e é sem dúvida alguma um dos melhores jogos da série. A nova mecânica intitulada de Shift conseguiu revigorar por completo o género e dar-nos ao mesmo tempo uma panóplia de diversão, alterando por completo as regras dos jogos ditos "comuns". Se são adeptos do Driver, então certamente não se irão arrepender.

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